segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Semiologia Teatral

A semiologia é originada do signo. Todo e qualquer objeto pode ser representado por outro, sendo organizado verbalmente ou não. Por exemplo, uma cadeira pode ter vários significados em cena dependendo do sentido que lhe é dado. Se colocarmos um ator em cima da cadeira em cena simbolizando um suicídio, essa cadeira poderá representar um precipício, sendo deslocada de sua representação original que seria utilizada para sentar.
Isso dependerá na maioria das vezes da significação que é atribuída ao objeto. Cabe ressaltar que o significado depende da imagem que o espectador atribui ao objeto, de sua leitura, seu entendimento.
O signo – objeto segue a seguinte estrutura de acordo com Pierce:
Ícone: assemelha-se com a representação do objeto;
Índice: relaciona-se diretamente com o objeto;
Símbolo: convenção com o objeto;
Essa estrutura possibilita estabelecer uma linguagem verbal ou não com o objeto. Nessa reflexão o ícone significa um signo aberto para criação, para experimentação, espontaneidade, etc. Um ator ao construir uma representação está livre para criar possibilidades que se aproximem da representação do cotidiano, assemelhando-se com ele. O índice por sua vez, tem relação direta com o objeto, apropriando-se do mesmo, adquirindo conhecimento por meio desse objeto. Por exemplo, um ator que passa anos experimentando poéticas teatrais apropria-se desse conhecimento para poder descobrir novas possibilidades de movimento, resultando no terceiro signo: o símbolo, que possibilita a prática dessa apropriação do objeto.
Essa estrutura signo – objeto se entrelaça, servindo para trabalhar linguagem, verbal ou não. Por meio da semiótica podemos pensar em hipóteses de significado para o objeto que se trabalha. Não definindo conceitos pré-estabelecidos a ele, possibilitando sempre uma transformação do signo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário